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domingo, 17 de fevereiro de 2019

Época Negócios: Indústria de materiais de construção tem queda de 3,5% nas vendas em janeiro


Por sua vez, a quantidade de pessoas empregadas na indústria de materiais em janeiro diminuiu 1,9% na comparação anual

Após mostrar recuperação no último ano, a indústria de materiais de construção começou o ano em baixa. As vendas em janeiro sofreram queda de 3,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já nos últimos 12 meses, o desempenho do setor ainda acumula um crescimento de 0,5%, segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

As vendas de materiais de base em janeiro recuaram 3,2% na comparação anual, enquanto as vendas dos materiais de acabamento tiveram baixa de 3,9%. Por sua vez, a quantidade de pessoas empregadas na indústria de materiais em janeiro diminuiu 1,9% na comparação anual.

Apesar do desempenho negativo da indústria no começo deste ano, a Abramat manteve a previsão de crescimento de 2% das vendas em 2019, considerando a tendência de recuperação da economia brasileira e ampliação dos investimentos com a aprovação das reformas estruturais, especialmente a reforma da Previdência.

"Em 2019, a expectativa é de que se mantenha sustentável o crescimento apresentado pelo setor no ano anterior. A retomada de obras de infraestrutura, bem como a agenda de reformas econômicas, terá parte importante no desempenho da indústria de materiais de construção", afirmou em nota o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro.

Em 2018, as vendas no setor subiram 1,2%, interrompendo uma sequência de três anos consecutivos de retração nas vendas de materiais pela indústria.

(Portal Revista Época Negócios- Mercado - Notícia - 12/02/2019)

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domingo, 10 de fevereiro de 2019

Portal G1: Preços anunciados dos imóveis começam 2019 em queda, diz Fipezap


O número leva em conta os dados de 50 cidades monitoradas pela pesquisa - que, até o mês anterior, acompanhava os preços em 20

O preço médio dos imóveis começou 2019 em queda, de acordo com levantamento divulgado na sexta-feira (8) pela pesquisa FipeZap. Em janeiro, os valores anunciados tiveram queda real (considerando a inflação) de 0,25%. Já considerando os últimos 12 meses terminados em janeiro, o levantamento aponta queda real de 3,7% nos preços anunciados.

O número leva em conta os dados de 50 cidades monitoradas pela pesquisa - que, até o mês anterior, acompanhava os preços em 20.

Mesmo com a inclusão de mais locais pesquisados, a cidade do Rio de Janeiro segue com o metro quadrado mais caro do país, com R$ 9.474, em média. São Paulo é a segunda cidade com o maior valor médio, com R$ 8.831 por metro quadrado. A média nacional é de R$ 7.174.

Já a cidade com o metro quadrado mais barato entre as monitoradas pela pesquisa foi Betim (MG), com valor médio de R$ 3.072. A segunda cidade com o menor valor é São José dos Pinhais, com R$ 3.361.

(Portal G1 - Economia - Notícia - 08/02/2019)

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sábado, 12 de janeiro de 2019

Veja: Classe média pagará mais por crédito imobiliário, diz presidente da Caixa


“São 60.000 imóveis [retomados]. E isso tem que ser resolvido. Você vai ter que ter uma metodologia de venda de 1.000 imóveis, 2.000 imóveis, 3.000 imóveis ao longo do ano

O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, sinalizou nesta segunda-feira, 7, que a instituição deve elevar a taxa de juros do financiamento imobiliário concedido para a classe média. De acordo com ele, a classe média terá de pagar juros de mercado na Caixa ou procurar opções de crédito nos bancos privados.

“Classe média tem de pagar mais ou vai buscar crédito no Santander, Bradesco ou Itaú. Na Caixa Econômica Federal, vai pagar um juro maior que o do Minha Casa Minha Vida certamente, porque vai ser um juro de mercado”, afirmou ele após ser empossado presidente da Caixa, o maior banco de financiamento imobiliário do país.

Segundo Guimarães, os recursos mais baratos para a concessão de crédito habitacional — que vêm do FGTS ou poupança — devem ser destinados para o financiamento de famílias de menor poder aquisitivo, atendidas pelo programa Minha Casa Minha Vida. Para os usuários desse programa, não haverá elevação dos juros do financiamento. “O juro não vai subir para o Minha Casa Minha Vida. Juro de Minha Casa Minha Vida é para quem é pobre”, afirmou.

O novo presidente da Caixa disse que o banco buscará outras fontes de recursos para financiar a concessão de crédito imobiliário para a classe média. Entre as opções estão a venda de carteira de financiamentos imobiliários ativos e a venda de imóveis retomados por inadimplência.

“São 60.000 imóveis [retomados]. E isso tem que ser resolvido. Você vai ter que ter uma metodologia de venda de 1.000 imóveis, 2.000 imóveis, 3.000 imóveis ao longo do ano. A maior parte desses imóveis é da Minha Casa Minha Vida, faixas 1 e 2″, disse ele.

Para Guimarães, será preciso vender crédito da carteira da Caixa, “como ocorre em qualquer país do mundo”, para continuar financiando a classe média. “Na verdade, a pergunta é por que a Caixa e os outros bancos brasileiros ainda não fizeram isso?”, questionou o presidente da Caixa.

“É fundamental discutir mais a parte imobiliária. Hoje, temos problemas de funding. Venderemos de 50 bilhões de reais a 100 bilhões de reais no mercado financeiro, cinco a dez vezes mais do que foi feito em toda a história”, afirmou Guimarães.

(Portal Revista Veja - Economia - 08/01/2019)

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sábado, 5 de janeiro de 2019

Estadão: Imóveis residenciais sofrem desvalorização pelo 4º ano consecutivo. Tendência é a mesma para 2019


"Basicamente, verificamos um problema de ordem econômica que afeta a demanda por imóveis e os preços", observou o pesquisador da Fipe, Bruno Oliva. Na sua avaliação, o desemprego elevado e a perda de renda pela população nos últimos anos reduziram a capacidade de compra

Os imóveis residenciais chegaram ao quarto ano consecutivo com oscilação abaixo da inflação em seus valores, o que configura uma queda real nos preços. E para 2019 a tendência permanece a mesma. O preço médio caiu 0,21% em 2018 ante 2017, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) feita com base nos anúncios de imóveis prontos de 20 cidades no site Zap.

Imóvel
Considerando a inflação de 3,69% no ano (conforme projeção do boletim Focus, do Banco Central, para o IPCA), é possível afirmar que os imóveis tiveram queda real de 3,76%.

"Basicamente, verificamos um problema de ordem econômica que afeta a demanda por imóveis e os preços", observou o pesquisador da Fipe, Bruno Oliva. Na sua avaliação, o desemprego elevado e a perda de renda pela população nos últimos anos reduziram a capacidade de compra.

O quadro começou a melhorar com a reabertura de vagas de trabalho, mas esse movimento ainda é lento e vai demorar até que engrosse significativamente a demanda por moradias e os valores de comercialização, segundo Oliva.

"Acredito que os preços ainda vão andar de lado, com alguma alta nominal, mas abaixo da inflação. Dificilmente o setor terá ganhos reais", estimou Oliva.

O pesquisador da Fipe acrescentou que o mercado imobiliário vem aumentando seu nível de atividade, com retomada de novos projetos pelas construtoras. Segundo ele, a recuperação das vendas será gradual e o impacto sobre os preços ainda dependerá da melhora no bolso dos consumidores. "Os lançamentos estão mais vigorosos, mostrando uma retomada, de fato. Mas isso não se percebe ainda em preços", disse.

Recuperação em algumas regiões
Em 2018, o comportamento dos preços foi bem diferente nas localidades cobertas pela pesquisa, sugerindo que o mercado imobiliário já iniciou a recuperação em certas regiões, mas segue em baixa em outras.

Em 2018, 12 das 20 cidades tiveram alta nominal nos preços, como foram os casos de Curitiba (3,39%), Goiânia (2,50%), Vitória (2,46%), São Paulo (1,79%) e Florianópolis (1,10%). Em todos os casos, porém, o aumento nos preços ficou abaixo da inflação, indicando uma desvalorização dos imóveis.

Já em 8 regiões pesquisadas, foi registrada baixa nominal nos preços, como foram os casos de Rio de Janeiro (-3,59%), Fortaleza (-2,25%), Porto Alegre (-1,16%), Distrito Federal (-0,86%) e Belo Horizonte (-0,23%).

Com os resultados de 2018, o valor do metro quadrado dos imóveis residenciais foi a R$ 7.528, na média. O Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o preço mais alto do País (R$ 9.402), seguida por São Paulo (R$ 8.829) e Distrito Federal (R$ 7.781).

(Estadão - Economia - Notícias - Geral - 04/01/2019)

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domingo, 9 de dezembro de 2018

Portal G1: Preço dos imóveis caminha para 2ª queda anual seguida


Em 12 meses, os preços tiveram queda de 0,31% - o que representa um recuo de 4,35% se for considerada a inflação esperada para o mesmo período

Os preços dos imóveis tiveram a primeira alta mensal do ano em novembro, mas ainda caminham para fechar 2018 em queda pela segunda vez consecutiva. Segundo pesquisa FipeZap divulgada na quinta-feira (5), o valor anunciado para venda de casas e apartamentos recuou 0,32% entre janeiro e novembro. Considerando a inflação esperada para o período, o recuo foi de 3,94%.

Já na passagem de outubro para novembro, houve leve avanço de 0,06%. No entanto, essa alta representa uma queda de 0,07% dos preços se for considerada a inflação esperada para o mês.

A pesquisa monitora os valores nos anúncios de venda de imóveis residenciais em 20 locais diferentes. Em novembro, o valor médio de venda dos imóveis residenciais nas 20 cidades monitoradas foi de R$ 7.521.

Em 12 meses, os preços tiveram queda de 0,31% - o que representa um recuo de 4,35% se for considerada a inflação esperada para o mesmo período. A pesquisa considera a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os locais mais caros e os mais baratos
A cidade do Rio de Janeiro se manteve como o local com preço mais elevado do país, com R$ 9.405 por metro quadrado. O segundo maior preço médio foi registrado em São Paulo, com R$ 8.841 por metro quadrado.

Já a cidade com o menor preço entre os locais pesquisados foi Contagem (MG), com R$ 3.537 por metro quadrado, seguida por Goiânia, com R$ 4.194.

(Portal G1 - Economia - Notícia - 06/12/2018)

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domingo, 2 de dezembro de 2018

Folha: Construção tem 18º trimestre com desempenho negativo, diz IBGE


Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais, disse nesta sexta-feira (30) que o setor sofreu profundamente com a recessão e ainda contribui negativamente o PIB

A construção civil registrou o 18º trimestre negativo na comparação com igual trimestre do ano anterior, mas as quedas registradas pelo segmento vêm desacelerando, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais, disse nesta sexta-feira (30) que o setor sofreu profundamente com a recessão e ainda contribui negativamente o PIB.

"Mas os sinais vêm melhorando", disse ela.

Nesse sentido, a construção apresentou alta de 0,7% no terceiro trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores.

No acumulado de quatro trimestres, no entanto, queda é de 2,5%. 

(Folha de S. Paulo - Mercado - 30/11/2018)

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domingo, 25 de novembro de 2018

Folha: Projeto de lei para desistir de imóvel na planta prejudica consumidor


“A retenção de 10% do que já foi pago já está de bom tamanho. Mais do que isso já caracteriza enriquecimento ilícito das construtoras, tendo em vista que estes imóveis serão vendidos de novo no mercado”, afirma o diretor jurídico da associação, Marcelo Augusto Luz

O Senado aprovou nesta quarta-feira (21) as emendas ao projeto de lei que regulamenta a devolução de imóveis na planta. Agora, a proposta voltará para a Câmara dos Deputados.

Polêmica, a lei determina que as construtoras fiquem com até 50% do valor pago pelo consumidor, no caso de distrato. Na avaliação dos especialistas, as medidas ferem do Código de Defesa do Consumidor e prejudicam o mutuário. “Danoso ao mutuário, sim”, “subverte o código de defesa do consumidor” e “prejudica o mais pobre” foram alguns dos argumentos dos senadores que votaram as emendas ao projeto.

Apresentado pelo deputado Celso Russomanno (PRB-SP), a medida previa inicialmente que as construtoras ficassem com até 10% do valor pago pelos compradores em caso de distrato. O percentual mudou e subiu para 25%. No entanto, no caso de empreendimentos que sejam sob o chamado patrimônio de afetação —quando cada imóvel tem um CNPJ separado do da construtora— a multa poderá chegar a 50% do que já foi pago.

Os novos termos foram classificados como “um enorme retrocesso para o direito do consumidor” pelo advogado Marcelo Tapai, especialista em direito imobiliário. “Do jeito que está, a lei é ilegal e inconstitucional. Os tribunais têm um entendimento de que as incorporadoras podem ficar com 10% a 20% nestes casos e isso não pode retroceder”, diz ele, que ocupa a vice-presidência da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de SP.

Em nota, o Procon-SP alega que o texto “virou um Frankstein” e que irá se manifestar somente com aprovação definitiva da matéria.

A ANM (Associação Nacional dos Mutuários) é contra com a possibilidade de multa de até 50%. “A retenção de 10% do que já foi pago já está de bom tamanho. Mais do que isso já caracteriza enriquecimento ilícito das construtoras, tendo em vista que estes imóveis serão vendidos de novo no mercado”, afirma o diretor jurídico da associação, Marcelo Augusto Luz.

A medida também também traz outro benefício para as construtoras. Elas terão direito de atrasar a entrega do imóvel por até 180 dias sem pagar multa. Há ainda a criação de um “quadro-resumo” para facilitar o entendimento do consumidor sobre o próprio contrato, com itens como preço total a ser pago pelo imóvel, valor da corretagem e taxas de juros aplicadas. Após acordo no distrato, o ressarcimento ao consumidor será feito no prazo de 30 dias após a expedição do “habite-se”, para imóveis no regime de afetação de patrimônio. Nos demais casos, será em até 180 dias. A devolução da grana deverá ser em parcela única.

Presidente da Secovi-SP, Flavio Amary acredita que a mudança é positiva ao “desincentivar as rescisões contratuais”. ‘É importante que a gente traga respeito dos contratos no país”, diz ele, que espera sanção da lei ainda este ano do projeto.

A Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) também ressalta que a regulamentação aumentará a segurança jurídica para o setor. “Uma legislação clara significa segurança jurídica e possibilita geração de mais empregos. Além disso, a medida deve inibir a especulação”, acredita o presidente da entidade, José Carlos Martins.

(Folha de S. Paulo - Mercado - 22/11/2018)

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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Estadão: Senado aprova multa de até 50% em caso de distrato de imóvel


O texto aprovado prevê também que não haverá ônus para a construtora se ela atrasar a entrega do imóvel em até 180 dias. Se o atraso for maior, o comprador terá direito a receber tudo o que pagou de volta, além da multa prevista no contrato, em até 60 dias

O Senado aprovou nesta terça-feira, 20, o texto-base do projeto que define regras para a desistência da compra de imóveis na planta, o chamado distrato imobiliário. A versão aprovada ontem mantém a previsão de pagamento de multa de até 50% do valor do imóvel pelo comprador que desistir do negócio.

No entanto, como ainda há emendas a serem votadas, esse ponto poderá ser alterado. E, sendo modificado, o texto ainda passará por outra análise na Câmara.

O valor da multa provocou muita polêmica ao longo da tramitação do projeto no Senado, pois muitos parlamentares entenderam que ele seria prejudicial aos consumidores. A jurisprudência atual determina uma retenção em torno de 10% a 25% do preço do imóvel.

Pelo valor elevado da multa, o projeto chegou a ser rejeitado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado em julho.

Porém, um recurso foi apresentado para que houvesse nova apreciação. Entre os parlamentares que apoiam a proposta, existe a visão de que o distrato pode contribuir para destravar o mercado imobiliário, em crise nos últimos anos e, assim, melhorar o ambiente econômico do País.

“Quero parabenizar o Senado por ter entendido a importância do problema para estabilizar o mercado imobiliário e trazer mais empregos no setor”, comemorou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. “Chega em boa hora, veremos em breve espaço de tempo o incremento de nossas atividades materializados na geração de empregos e realização do sonho das famílias em ter sua casa própria.”

Na versão aprovada, a multa de até 50% poderá ser cobrada no caso de imóveis adquiridos de construtoras que tenham a contabilidade dos empreendimentos separados de suas próprias contas (patrimônio de afetação). Para as que não têm, a multa é de até 25%.

“O importante é criar um marco que desincentive o distrato”, disse o senador Armando Monteiro (PTB-PE), que relatou um conjunto de emendas apresentadas ao projeto em sua segunda passagem pela CAE. Ele explicou que, quando um comprador desiste da compra de um apartamento, ele desequilibra financeiramente todo aquele empreendimento. O problema é mais sério quando o empreendimento está no patrimônio de afetação.

O texto aprovado prevê também que não haverá ônus para a construtora se ela atrasar a entrega do imóvel em até 180 dias. Se o atraso for maior, o comprador terá direito a receber tudo o que pagou de volta, além da multa prevista no contrato, em até 60 dias.

(Estadão - Notícias - Geral - 20/11/2018)

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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Portal EM: Sondagem de setembro aponta estagnação da construção civil


"O setor enfrenta uma série de problemas, como a baixa demanda, burocracia excessiva e situação financeira delicada. Além disso, há a incerteza com relação aos próximos meses. Por isso, os dados mostram sinais de estagnação e cautela". [...] "As expectativas para os próximos seis meses não apresentam bons resultados e comprovam um certo pessimismo do setor"

O setor de construção civil não apresenta sinais de recuperação. Ao contrário, mostra estagnação e cautela. É o que revela a Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Sondagem Indústria da Construção de setembro, divulgada nesta tarde de segunda-feira, 29. A produção e o emprego no setor fecharam o trimestre com resultados negativos. O índice de nível de atividade recuou de 47,8 pontos em agosto para 45,7 pontos em setembro, e o de emprego foi para 45,1 pontos em setembro, ante 46,1 pontos em agosto. Os indicadores variam de zero a cem pontos e, quando estão abaixo dos 50 pontos, mostram retração.

De acordo com o levantamento, a ociosidade na construção caiu um pouco em setembro, com o Índice de Utilização da Capacidade de Operação (UCO) em 61%, um ponto porcentual superior em relação ao mês anterior e o maior nível deste ano. Mesmo assim, ressalta a entidade, o setor mantém uma elevada ociosidade, com 39% das máquinas, equipamentos e pessoal parados.

"O setor enfrenta uma série de problemas, como a baixa demanda, burocracia excessiva e situação financeira delicada. Além disso, há a incerteza com relação aos próximos meses. Por isso, os dados mostram sinais de estagnação e cautela", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo. O estudo classifica o fraco desempenho do setor "provavelmente como consequência das incertezas eleitorais em setembro e outubro".

Expectativas continuam fracas
A sondagem mostra ainda que as expectativas do setor para o curto prazo continuam fracas, o que comprova "um certo pessimismo". Com pequenas oscilações em relação ao estudo anterior, os indicadores de expectativas para os próximos seis meses se mantiveram próximos da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.

O otimismo com o nível de atividade subiu 0,7 ponto e ficou em 51 pontos e o com novos empreendimentos e serviços caiu 0,4 ponto e alcançou 50 pontos. O índice de expectativa de número de empregados caiu para 49 pontos e o de compra de matérias-primas e insumos alcançou 49,5 pontos. "As expectativas para os próximos seis meses não apresentam bons resultados e comprovam um certo pessimismo do setor", diz a pesquisa. "Com isso, a disposição dos empresários para investir continua baixa. O índice de intenção de investimentos ficou estagnado em 32,5 pontos, inferior à média histórica de 33,6 pontos".

Ainda segundo a pesquisa, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção subiu 1,3 ponto, chegando a 52,1 pontos em setembro, mas ainda abaixo da média histórica, que é de 52,9 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Dados acima de 50 mostram que os empresários estão confiantes.

Problemas
Dentre os principais problemas enfrentados pelo setor e destacados na pesquisa, estão a elevada carga tributária, com 40,2% das menções; a demanda interna insuficiente, com 34,7% das respostas; e a burocracia excessiva, com 27,9% das reclamações.

A listra de problemas ainda inclui, por exemplo, falta de capital de giro, inadimplência da clientela, licenciamento ambiental, juros elevados, falta ou alto custo de trabalhador qualificado.

Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 15 de outubro com 569 empresas, das quais 196 são pequenas, 248 são médias e 125 são de grande porte.

(Portal Estado de Minas - Notícia - Economia - 29/10/2018)

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domingo, 21 de outubro de 2018

Portal Resumo Imobiliário: O mercado imobiliário no fundo do poço


Estima-se que aproximadamente 92% das construtoras brasileiras tenham pedido falência ou recuperação judicial. Outras, tentando apagar o resquício do passado, trocaram de nome numa última tentativa de sobreviver ao tsunami do distrato.  Milhares de engenheiros, arquitetos, administradores e funcionários de campo, perderam seus empregos para a maior crise que a construção civil já vivenciou

Inquestionavelmente, podemos afirmar, com expertise para tal, que a “década de ouro” do mercado imobiliário brasileiro (2005-2015), foi movida pela falta de experiência e amadorismo empresarial. A percepção dos espectadores que souberam apenas de certos acontecimentos do período está muito longe do que foi a realidade do setor. Nos últimos 15 anos, o jogo financeiro e econômico travado no mercado, criou situações amargas e decisões impensadas. Sem dúvida, qualquer mercado do País possui suas particularidades e histórias, mas o que aconteceu no setor imobiliário ultrapassa a compreensão de muitas pessoas.

O Sistema Financeiro de Habitação (SFH), o começo de tudo
O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi criado em meados da década de 60, pela Lei nº 4.380, de 1964, no âmbito de uma reformulação geral do Sistema Financeiro Nacional. A primeira fase do SFH, que vai de sua criação até a segunda metade dos anos 70, foi o primeiro período áureo do Sistema. Os depósitos em caderneta de poupança cresceram, chegando a ocupar o primeiro lugar entre os haveres financeiros não monetários. Os recursos do FGTS também expandiram como resultado do aumento do nível de emprego e da massa salarial do país. Em seguida, surgiram as Sociedades de Crédito Imobiliário e as Associações de Poupança e Empréstimo, formando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE, integrado por instituições financeiras especializadas na concessão de financiamentos habitacionais, tendo como fontes de recursos os depósitos em caderneta de poupança e repasses dos recursos do FGTS.

O SBPE tornou-se um dos motores do SFH na década de 2000. Aproximadamente 75% dos financiamentos do País são movidos por recursos da caderneta. Exemplificando a importância do Sistema, de janeiro de 2005 a julho de 2016, a poupança já financiou 4.244.205 imóveis em todo o País, sendo a construção de 1.612.483, e a aquisição de 2.631.722.

Unidades em construção
Na mesma linha de financiamento, o interessado pode financiar a aquisição de terreno, bem como a sua construção, ou usar os recursos para construir, concluir, reformar ou ampliar um imóvel. A carta de crédito SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) utiliza recursos da poupança para o financiamento da construção. Entre janeiro de 2005 e julho de 2018, o SBPE financiou a construção de 1.612.483 unidades no País.

Aquisição de unidades
Um dos principais motivos da atração pelos financiamentos através dos recursos da caderneta de poupança, foram o seu estímulo consumidor que fixava uma taxa de juros máxima de 12% ao ano nos contratos regidos pelo SFH, bem como uma política macroeconômica de incentivo de redução da taxa SELIC da última década, o que aumentou significativamente os depósitos na poupança devido a sua rentabilidade diferenciada. De janeiro de 2005 a julho de 2018, o SBPE financiou a aquisição de 2.631.722 unidades no País.

O pouso forçado do setor imobiliário
Desde janeiro de 2015, o agonizante setor imobiliário brasileiro luta pela sua sobrevivência. Após a manutenção de um mercado forte e robusto por quase uma década, o sistema foi obrigado a enfrentar diversos contratempos que levaram o mercado imobiliário à lona.

Em julho de 2018, o mercado imobiliário brasileiro se equiparou a dados de 2007. Comprovadamente, através dos dados fornecidos pela ABECIP e compilações realizadas pelo Resumo Imobiliário (vide gráficos incluídos nesta matéria), podemos concluir que a retração real foi de 11 anos: a maior crise da história do mercado imobiliário brasileiro.

Atualmente, o setor trabalha com números de 2007 tanto para unidades construídas, quanto às adquiridas através de recursos da poupança (SBPE). No início de 2015, o mercado caiu em depressão ainda não restabelecida. Diversos fatores levaram ao desaquecimento, entre eles podemos citar:

A bolha dos distratos
O começo disso tudo foi a sede insaciável de ganhar, ganhar de novo e voltar ganhar. Nosso mercado foi construído nas fundações amadoras de vendas na planta, que, aliás, são deveras ousadas e imponderadas. Analisando o negócio imobiliário, a venda de imóveis na planta é uma realização puramente brasileira. Outros mercados podem até oferecer tal modalidade, porém em número muito restrito.

No mundo, é comum o incorporador obter o financiamento de todo o dinheiro necessário para se construir um empreendimento, e somente após sua conclusão, efetuar a venda de suas unidades autônomas. No Brasil, os bancos realizam a análise do empreendimento através da quantidade de unidades vendidas, capacidade de pagamento da incorporadora e da viabilidade do próprio investimento.

Em suma, a operação perfeita de uma incorporação seria o repasse de todos os clientes que optaram em financiar o saldo devedor às instituições financeiras, e em contrapartida, a incorporadora receberia o valor a vista dos bancos abrindo caminho para novos negócios e/ou quitação de dívidas, e assim por diante.

Na prática, o mercado brasileiro cresceu em torno do modelo de venda na planta, sem sequer cogitar em regras que o protegeriam em caso de pânico generalizado; afinal nada poderia dar errado…

Com o advento da crise, aumento do desemprego e a incerteza do cenário econômico, o setor seguiu para o “crack” do padrão de vendas da última década. Veio à tona a bolha dos distratos (termo criado pelo site Resumo Imobiliário na matéria de 28 de abril de 2016).

Todos os compradores que investiram anos atrás, e vinham pagando parte do valor do imóvel durante a construção, simplesmente desistiram do negócio imobiliário. A fragilidade era tanta que uma leve gripe tornou-se uma pandemia, em poucos meses. Milhares de adquirentes que incentivaram o crescimento do setor livraram-se de seu ônus, deixando-os com os incorporadores.

O problema é que, após a rescisão contratual, o empréstimo tomado junto ao banco continuava em nome do incorporador. Logo, quando o comprador desistia da compra antes do repasse ao banco, o incorporador assumia integralmente o valor que fora absorvido junto à instituição financeira para a construção daquela unidade. Enquanto o adquirente acionava a clausula de relação de consumo e demandava 100% do que foi pago até aquele momento, o incorporador ficava altamente imobilizado, e devedor de quantias milionárias. O resultado foi devastador. Após uma década de alegrias e negócios mirabolantes, o mercado imobiliário entrou numa queda sem precedentes. Antes poderoso, o setor tornou-se carente de si próprio.

Estima-se que aproximadamente 92% das construtoras brasileiras tenham pedido falência ou recuperação judicial. Outras, tentando apagar o resquício do passado, trocaram de nome numa última tentativa de sobreviver ao tsunami do distrato.  Milhares de engenheiros, arquitetos, administradores e funcionários de campo, perderam seus empregos para a maior crise que a construção civil já vivenciou.

Linhas de financiamento
Há dois anos, o Brasil passou pela maior escassez de crédito de sua história. A política não sustentável de consumo de crédito levou o Brasil a uma parada brusca na concessão de financiamentos imobiliários. Seguindo os preceitos mais primitivos e extrativistas, e sem a menor precaução, consumimos os recursos da poupança (SFH) e do FGTS (Minha Casa Minha Vida, FGTS Pró-Cotista e SFH). Nas últimas décadas, o incentivo governamental à formação de novos meios de financiamento foi desprezível, criando, assim, uma forte dependência da caderneta e do Fundo de Garantia como garantidores da Pátria. Em 2015/16, chegamos a um ponto tão grave que linhas do SFH sofreram adaptações antes de um possível colapso da caderneta de poupança, o FGTS Pró-Cotista foi interrompido em diversas categorias devido a carência de recursos e má estruturação, e o Minha Casa Minha Vida tornou-se um coadjuvante pobre por falta de recursos do Tesouro Nacional.

Além da alteração de diversas linhas de financiamento, a escassez também se mostrou rigorosa nas análises de crédito realizadas por instituições financeiras. Aqueles que usavam o sistema notaram que ser aprovado junto a um banco tornou-se uma tarefa árdua. Com menos crédito para emprestar, extraoficialmente, os bancos realizavam um filtro em suas análises aceitando somente os clientes que lhes fossem oportuno, ou postergando suas decisões de aceite ou recusa até que uma das partes (comprador ou vendedor) desistissem do negócio. Assinar um contrato de financiamento tinha se tornado uma vitória digna de medalha de ouro.

A “industrialização” da incorporação imobiliária
Após tantos anos no mercado, entendo que as construtoras que abriram capital na Bolsa de Valores cometeram uma falha que custou a sua sobrevivência. Obviamente, construção civil não se enquadra ao Fordismo. O nosso sistema de produção não possui linha de montagem, muito menos fabricação em massa. A abertura de capital em busca de maior alavancagem (ou seja mais dinheiro), rotulou a industrialização do mercado imobiliário. Há época, lembro-me ter criado um lema para qualificar a operação dessas empresas: “Lançar, e muito, é preciso”. De fato, a valorização das ações de uma companhia está ligada à quantidade de negócios desenvolvidos por ela, bem como aos bônus que seus executivos recebiam anualmente. Quanto mais se produzia, mais se valorizava. Por isso víamos lançamentos diários em todo o Brasil. Não importava mais a localização, tipologia, ou estudos básicos de mercado, pois o importante era lançar. Os resultados foram empreendimentos mal estruturados, preços invendáveis e condições débeis que detonaram as finanças de todas as construtoras de capital aberto.

A construção imobiliária demanda muita cautela. Não se cresce nesse mercado ofertando milhares de unidades sem os devidos estudos. O bom empresário deve saber acelerar seus negócios, bem como desacelerá-lo, para que não haja uma interrupção brusca em seus planos. Cada empreendimento precisa de uma vida própria, um carinho pessoal para que seus números sejam saudáveis tanto para a companhia quanto para o cliente. Estou certo que o novo mercado irá interromper o ciclo frenético e impaciente de ações em Bolsas de Valores e retornará ao velho e bom jeito de empreender, isto é, empresas menores e enxutas.

Aprendendo com os erros
O mercado imobiliário brasileiro começa a experimentar uma nova fase. Acabou um nicho de mercado de dependia de lançamentos semanais e vendas relâmpago. Retornaram os “velhos investidores”, cujo preceito primordial de compra é custo benefício. O espetáculo não faz mais uma venda. O cliente não aceita mais essa situação.

Prepare-se culturalmente para o novo mercado imobiliário. Repense e reveja seus conceitos. Não existe fórmula milagrosa, basta reconhecer os erros do passado e adaptar-se às condições atuais.

Dentre todos os fatos históricos, podemos dizer com clareza que o mercado sempre persistiu, apesar dos inegáveis percalços. Por ora, nos cabe apenas enterrar os ossos dos velhos tempos, e formatar novos padrões de empreender. Esqueçamos o que passou, e pensemos em uma fase. É fato que momentos difíceis sempre foram enfrentados e dificuldades superadas, entretanto a única e salutar conclusão que tomamos dos acontecimentos passados é que “o mercado imobiliário não acaba, ele apenas se adapta a cada dia”.

(Portal Resumo Imobiliário - Artigos - Opinião Resumo Imobiliário)

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domingo, 14 de outubro de 2018

Portal EM: FGTS como garantia de empréstimo preocupa mercado imobiliário


“Se o dinheiro ficar escasso, a fórmula bem-sucedida do FGTS para indústria da construção estará em risco”, afirmou o executivo. “Isso nos preocupa bastante, especialmente porque pode afetar mais o segmento de baixa renda, que vinha apresentando um bom desempenho mesmo nos períodos mais agudos da crise dos últimos anos e da alta do desemprego.”

Na tentativa de aumentar o volume de dinheiro em circulação no país e injetar ânimo extra na economia neste último trimestre do ano, ao liberar a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia de empréstimos, o governo poderá prejudicar um outro importante setor produtivo brasileiro: o mercado imobiliário.

Isso porque a destinação de parte dos R$ 190 bilhões que estão depositados em contas da Caixa para outras finalidades ameaça reduzir o volume de recursos que antes eram destinados exclusivamente para habitação, saneamento e infraestrutura, segundo avaliação do presidente da Associação Brasileira das Incorporadoras (Abrainc), Luiz França.

 “Se o dinheiro ficar escasso, a fórmula bem-sucedida do FGTS para indústria da construção estará em risco”, afirmou o executivo. “Isso nos preocupa bastante, especialmente porque pode afetar mais o segmento de baixa renda, que vinha apresentando um bom desempenho mesmo nos períodos mais agudos da crise dos últimos anos e da alta do desemprego.”

De acordo com França, a fórmula de utilização do FGTS precisa ser mantida para também não gerar ainda mais incertezas e, por consequência, desencorajar novos investimentos e lançamentos. “Especialmente no segmento da média e alta renda, há por parte dos consumidores um movimento de adiamento da decisão de compra, em decorrência da crise e do ambiente de insegurança gerado pelas eleições”, afirma o presidente da Abrainc.

Segundo o presidente da Caixa, Nelson de Souza, não há motivos para preocupações. A tese é que, ao colocar um fundo bilionário como endosso para a liberação de crédito, haverá um movimento de reaquecimento da atividade econômica, com redução do desemprego e aumento do PIB. Além disso, argumenta o executivo, vincular o FGTS como garantia de empréstimo representa saque dos valores depositados.

“Mesmo se houver uma inadimplência de 5% a 7%, que é uma média do mercado de crédito, o impacto ao sistema do fundo é pouco significativo”, diz o economista Paulo Pereira Franco, professor da Fesp-SP. “Mas é improvável que essa linha de financiamento tenha problemas com falta de pagamento, já que para ter acesso ao empréstimo é preciso estar empregado e atender a todos os demais critérios de análise dos bancos.”

A utilização do FGTS como garantia de empréstimos está sendo oferecida desde 26 de setembro pela Caixa. O governo já negocia a mesma linha com o Banco do Brasil. Outras instituições financeiras, inclusive as privadas, também poderão adotar a mesma modalidade, desde que firmem convênios com as empresas para que os trabalhadores possam contratar o empréstimo.

Os juros da nova modalidade não poderão ultrapassar, por lei, 3,5% ao mês. Na Caixa, as taxas mínimas no consignado com FGTS partem de 2,46%. O prazo de pagamento é de até 48 meses. Cerca de 37 milhões de trabalhadores no país têm contas vinculadas ao FGTS, segundo dados do Ministério do Trabalho. Pelas contas da Caixa, se metade dos trabalhadores solicitar esse tipo de crédito pessoal, haverá uma injeção de R$ 37 bilhões na economia brasileira.

Perspectiva
Apesar das incertezas em relação às consequências das novas medidas de crédito sobre o setor imobiliário, Luiz França, da Abrainc, acredita que o setor poderá ser beneficiado no próximo ano com a formação de um novo governo, que será definido nas eleições deste mês. Para ele, a necessidade de estimular a economia e a geração de empregos passa pela definição de uma política de estímulo à indústria da construção.

“Tudo dependerá de como o próprio presidente eleito conduzirá a recuperação da economia, mas tenho visto que todos eles concordam que é fundamental reduzir o déficit habitacional e gerar um clima de mais confiança para que as pessoas possam adquirir imóveis e contrair financiamentos de longo prazo.”

(Portal Estado de Minas - Notícia - Economia - 03/10/2018)

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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Exame: Preço dos imóveis tem queda real de 4,54% nos últimos 12 meses


Vale destacar que a queda real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação

O preço médio dos imóveis residenciais teve queda real de 4,54% nos últimos 12 meses encerrados em setembro, segundo o Índice FipeZap. O indicador monitora o preço de imóveis anunciados para venda em 20 cidades brasileiras.

Isso porque, no período, a desvalorização acumulada dos imóveis foi de 0,28%, enquanto a inflação acumulada foi de 4,45%.

Vale destacar que a queda real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.

Em setembro, os preços ficaram praticamente estáveis em relação a agosto, registrando variação de 0,03%. No ano, o preço médio dos imóveis acumulou queda de 0,32%.

(Portal Exame.com - Seu Dinheiro - 03/10/2018)

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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Portal Investimentos e Notícias: Inadimplência no mercado imobiliário pode prejudicar bancos


O problema é quando o mercado não está propício para aquisição de imóveis. Nesse caso, o capital imobilizado representa verdadeiro prejuízo, pois, além de não poder "emprestar" o imóvel a juros, muitas das vezes o banco terá custos com a sua desocupação, taxas inerentes ao próprio imóvel (condomínio e IPTU), custos para divulgação da venda e honorários de eventual leiloeiro

A inadimplência do financiamento habitacional é um problema que afeta milhões de brasileiros, comprometendo a realização da tão sonhada conquista da casa própria. Para piorar a situação desses mutuários, esses contratos são regidos pela Lei 9.514/97, que autoriza o agente financeiro a fazer toda a execução da dívida de forma extrajudicial. Aliado à inflexibilidade das instituições financeiras em fazer acordo para pagamento das prestações em aberto, o procedimento pode fazer com que o mutuário tenha de desocupar o imóvel em menos de um ano. Mas para os bancos, a situação também não é assim tão vantajosa.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, a rapidez no procedimento de execução da dívida pode ser um tiro no pé da instituição financeira. Isso porque o banco trabalha com dinheiro, que no caso é um bem móvel. Empresta para terceiros e remunera seu capital emprestado através de juros e demais taxas cobradas. “A partir do momento que se tem a tomada da propriedade de um imóvel como forma de pagamento de uma dívida, o banco deixa de receber dinheiro e passar a receber o bem imóvel. Nessa situação, cabe à instituição financeira colocar o imóvel à venda novamente para transformar o bem imobilizado em capital e como isso emprestar o valor a outra pessoa que o remunerará conforme o contrato firmado”, afirma.

O problema é quando o mercado não está propício para aquisição de imóveis. Nesse caso, o capital imobilizado representa verdadeiro prejuízo, pois, além de não poder "emprestar" o imóvel a juros, muitas das vezes o banco terá custos com a sua desocupação, taxas inerentes ao próprio imóvel (condomínio e IPTU), custos para divulgação da venda e honorários de eventual leiloeiro. “Isso tudo é contabilizado como prejuízo para instituição financeira, já que o retorno do capital só se dá através da venda do próprio bem”, pontua Vinícius Costa.

Não há dúvidas de que um financiamento habitacional é um contrato seguro para instituição, seja porque tem uma remuneração consideravelmente elevada se comparada a taxa de juros empregadas em outros países, seja porque o empréstimo é garantido pelo próprio imóvel o que reduz o risco do negócio. “Contudo, a inflexibilidade das instituições em negociar as dívidas dos mutuários pode se tornar o pior cenário para uma instituição financeira, pois ela pode acabar tendo mais capital imobilizado que mobilizado, dificultando o giro no mercado”, finaliza o presidente da ABMH.

(Portal Investimentos e Notícias - Notícias - 30/09/2018)

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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Estadão: Crise prolongada na construção trava expansão de investimentos no País


“Os empresários estão investindo em maquinário. Mas não está havendo investimento em construção”, [...] E as famílias estão preocupadas. A taxa de desemprego está elevadíssima, as pessoas ficam receosas de se comprometer com financiamento de longo prazo.”

A crise ainda persistente na construção está impedindo uma retomada mais consistente dos investimentos no País. Após praticamente 51 meses de perdas acumuladas, a construção civil ficou estagnada em julho em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados compõem o cálculo do Monitor do PIB, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Os investimentos da construção civil só registraram expansão em abril (2,7%), considerando-se um período de 4 anos e 4 meses. Já a compra de máquinas e equipamentos, que mostra recuperação desde o início de 2017, teve crescimento de 14,1% em julho de 2018 ante julho do ano passado, a 13.ª taxa positiva consecutiva.

Cenário complicado
Após praticamente 51 meses de perdas acumuladas, a construção civil ficou estagnada em julho em relação ao mesmo período do ano anterior.
O empresariado brasileiro vem retomando a modernização do parque produtivo, mas a recuperação da taxa de investimentos na economia não decola por conta da paralisação nas obras de infraestrutura e do receio das famílias em comprometer a renda com financiamento imobiliário diante do cenário ainda complicado do mercado de trabalho, avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB da FGV.

A Formação Bruta de Capital Fixo (indicador usado para medir investimentos na economia) subiu 4,5% em julho de 2018 ante julho de 2017. A taxa de investimento em relação ao PIB foi de 17,4% no mês de julho. Em 2013, quando atingiu o auge da série histórica, essa taxa estava próxima de 21%.

“Os empresários estão investindo em maquinário. Mas não está havendo investimento em construção”, diz Considera. “Não há obras de infraestrutura. Os governos não estão construindo. E as famílias estão preocupadas. A taxa de desemprego está elevadíssima, as pessoas ficam receosas de se comprometer com financiamento de longo prazo.”

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) espera que os investimentos tenham desempenho positivo no terceiro trimestre, ajudados por uma base de comparação fraca, apesar do aumento das incertezas no cenário doméstico e mundial.

“Vemos uma recuperação cíclica, mas num ambiente menos favorável, tanto interno quanto externo. É normal que, em alguns casos, os empresários decidam postergar a decisão de investimentos. Mas não dá para dizer que já esteja acontecendo”, diz Leonardo Mello de Carvalho, técnico de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea. “Por mais que o ambiente tenha ficado um pouco menos benigno, os efeitos não devem ser vistos imediatamente.”

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) projetava um crescimento de 0,5% no PIB da construção em 2018, mas agora espera uma retração de 0,6% se o PIB brasileiro crescer 1,4%, e de 1% caso o PIB suba 1,1%. “A construção civil reage a investimentos e sem isso, não há possibilidade de melhora no curto prazo. Frente às incertezas econômicas, revimos para baixo nossa projeção para o PIB da construção de 2018”, diz o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan.

A avaliação dos empresários da construção sobre a situação atual está em 72,4 pontos, nível que indica pessimismo (abaixo de 100 pontos), 25,4 pontos aquém do patamar pré-crise, do segundo trimestre de 2013, mostrou a sondagem da FGV.

“O fundo do poço ficou para trás, mas está melhorando bem devagarzinho”, diz Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos na Superintendência de Estatística Públicas do Ibre/FGV.

Entre os fatores que empurraram o setor de construção para a atual crise estão o fim de obras de infraestrutura para os grandes eventos esportivos realizados no País, o ajuste fiscal conduzido por governos federal e regionais, as investigações da Operação Lava Jato envolvendo grandes construtoras e as dificuldades enfrentadas pelo mercado imobiliário, diz Ana Maria Castelo. “A crise econômica foi o golpe de misericórdia.”

(Estadão - Economia - Notícias - Geral - 26/09/2018)

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