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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Estadão: Estoques em alta devem antecipar promoções no setor imobiliário

Essas “facilidades” vindouras, diz o executivo, não passam apenas por simples descontos no preço final. Para atrair clientes, empresas podem optar, por exemplo, por garantir alguns meses grátis de condomínios, isenções de taxas e até apartamentos mobiliados

O aumento do estoque de imóveis à venda ­ formado em 2014 pela baixa disposição em investir do consumidor­ pode ter reservado para este ano a possibilidade de se gastar menos por um novo lar.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, o estoque imobiliário saltou 37%: de 19,7 mil unidades, em dezembro de 2013, para perto de 27 mil unidades, no mesmo mês de 2014. “Com uma boa pesquisa, o consumidor tende a conseguir encontrar bons preços”, afirma Celso Petrucci, economista chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi­SP). 

Desse volume, ele explica, mais de um terço ainda permanece na planta. E, conforme diz, esses imóveis normalmente apresentam valores mais favoráveis em relação àqueles já prontos ou em processo de finalização. Portanto, é na oferta dessas habitações que podem estar condições mais atrativas. 

Fase "atípica"
Rogério Santos, diretor do outlet de imóveis novos RealtON, acredita que este será um ano raro entre muitos para a compra de imóveis. “Será uma fase atípica, favorável não só para o pequeno como para o grande investidor”, afirma. Santos estima para as próximas semanas, logo depois do carnaval, o início de promoções pontuais no setor. 

De todos os lançamentos feitos no ano passado em São Paulo, diz ele, entre 80% e 90% foram concentrados no último trimestre. “Mas a velocidade das vendas desses empreendimentos ficou abaixo da esperada”, diz. “Construtoras e incorporadoras terão de facilitar algumas condições para serem capazes de gerar capital e honrar compromissos assumidos com fornecedores e funcionários.” 

Essas “facilidades” vindouras, diz o executivo, não passam apenas por simples descontos no preço final. Para atrair clientes, empresas podem optar, por exemplo, por garantir alguns meses grátis de condomínios, isenções de taxas e até apartamentos mobiliados. 

As zonas periféricas devem concentrar grande parte dessas promoções ­ prevê Santos. Em geral, são áreas em franca expansão, onde parte considerável dos estoques estão. Por outro lado, esses locais às vezes apresentam fatores negativos a se considerar, como altas taxas de criminalidade e precária mobilidade urbana. 

Cuidados
Quando a esmola for demais, toda desconfiança é sempre pouca. Santos faz o alerta: não existe milagre. O consumidor precisa ficar atento e duvidar de qualquer oferta que lhe parecer absurda, para não ser surpreendido por outros gastos, por vezes, camuflados nas pequenas letras dos contratos. 

Diante dos descontos, mercado tenta negar queda generalizada
E o recado para quem espera por barateamento generalizado dos imóveis é claro: não se anime. O segmento imobiliário aposta na manutenção do ritmo de alta média do custo do metro quadrado no Brasil em 2014 ­ de 6,7%, de acordo com o índice FipeZap, pouco acima da inflação de 6,4% do período. 

“Existe um estoque realmente razoável, mas não o suficiente para derrubar o nível atual dos preços”, afirma Viktor Andrade, sócio da Ernest & Young para transações no mercado imobiliário na América do Sul. Ou seja, serão necessárias pesquisas e paciência para fisgar as tais boas ofertas esperadas pelos analistas. 

Para especialista, usado não é bom negócio
Num cenário de estagnação ou mesmo recessão econômica, como o que se desenha para a economia brasileira em 2015, Andrade diz que comprar casas térreas ou apartamentos usados não será bom negócio. 

De acordo com o analista, esses imóveis costumam ser a salvaguarda de renda das populações em tempos de crises econômicas, como este. Nessas condições, quem tem imóveis deve preferir alugá-los, para assegurar algum rendimento, ou, caso opte pela venda, o que é pouco provável, pedir alto para se desfazer da moradia.

(Estadão - Economia - Notícias - Geral - 16/02/2015)

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5 comentários:

  1. De um lado os profissionais imobiliários segurando os preços. Do outro, os compradores esperando justamente a queda dos preços para comprar. Alguém vai ter que ceder, cedo ou tarde.

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  2. O horizonte sinaliza recessao e desemprego na certa,portanto atualmente imoveis, nao e mais investimento recomendavel nesse momento.ainda mais em sao pauo, SEM AGUA, SEM LUZ,SEM NADA.......Provavel que haja exodo urbano para outras regioes do pais,ja que muitas industrias irao embora do estado, devido alto custo de energia e agua.O melhor no momento e aguardar e guardar algum dinheiro,se der, fora do pais pois a situacao ficara feia por aqui.

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  3. Provavelmente imoveis cairao de preco 78% no minimo, pois 50% ja existe.inclusive me leiloes da caixa.IMOVEIS PESSIMO INVESTIMENTO NO MINIMO POR 10 ANOS.

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  4. Promoção é um passo bem próximo para a queda generalizada de preços sim: se não houver qualquer venda na promoção, o preço cairá até ajustar-se à demanda do consumidor.
    Como em tempos de crise como a que estamos vivendo o provavel é o consumidor esperar, não vejo compras ocorrendo em volume suficiente durante as promoções.
    Por isso, quem espera a queda generalizada do valor do metro quadrado deve manter seu controle e observar a agonia do mercado ate encontrar a melhor oferta.
    Quem espera com calma comprara melhor, com certeza.

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  5. Venho acompanhando este site algum tempo e continuo me segurando graças aos comentários de todos. Percebo q meus pensamentos não estão sozinhos. Vamos continuar esperando!!!

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