Apesar da procura pela Pró-Cotista, o financiamento imobiliário como um todo ainda não se recuperou, segundo o Banco Central
A Caixa Econômica Federal informou nesta sexta-feira (7) que não serão
liberados novos recursos para a linha de financiamento imobiliário Pró-Cotista
neste ano.
"A Caixa Econômica Federal informa que continua atuando em todas
linhas de crédito habitacional, exceto Pró-Cotista. As novas contratações da
linha Pró-Cotista estão previstas para serem retomadas no próximo
semestre", afirmou o banco em nota.
No fim de junho, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, havia afirmado que
haveria liberação de novos recursos "nos próximos dias", o que não
ocorreu.
O orçamento inicial de 2017 para a Pró-Cotista era de R$ 5 bilhões,
montante aprovado em outubro de 2016.
Em maio, como esse valor já estava contratado ou em fase de análise, a
Caixa parou de aceitar propostas pela primeira vez.
Para reativar a linha, o Ministério das Cidades remanejou recursos que
eram direcionados para a faixa de renda mais alta do Minha Casa, Minha Vida.
Os R$ 2,5 bilhões adicionais já foram comprometidos com empréstimos e, por
isso, a linha voltou a ser interrompida.
"Para o exercício de 2017 inicialmente foram disponibilizados R$ 5
bilhões ao Programa Pró-cotista. Em maio de 2017, o Ministério das Cidades
suplementou o Pró-cotista em R$ 2,54 bilhões. Portanto, para este ano, não
haverá novo aporte para a linha em questão", afirmou o Ministério das
Cidades em nota.
Remanejamento
Parte do governo defende que a linha receba um reforço de R$ 2 bilhões a R$
3 bilhões adicionais através de remanejamento de recursos do orçamento do FGTS
destinado a saneamento básico e infraestrutura.
Isso seria votado na reunião do conselho do Fundo, na segunda quinzena
deste mês, mas segundo a Folha apurou o Ministério das Cidades não aprova a
solução.
As duas áreas têm, respectivamente, R$ 6 bilhões e R$ 10 bilhões previstos
pelo fundo para 2017, mas até agora executaram somente entre 10% e 15% desse
total.
Nos últimos anos, o limite de endividamento de Estados e municípios, que
estão em delicada situação financeira, não vem permitindo mais contratações
desses recursos.
Entenda
A Pró-Cotista tem tido muita procura nos últimos anos por causa da
escassez de recursos de fontes com taxas de juros equivalentes, como a caderneta
de poupança.
Isso fez a participação da linha no total de financiamento imobiliário,
que era de apenas 1% em 2014, saltar para 13% até junho deste
ano.
Apesar da procura pela Pró-Cotista, o financiamento imobiliário como um
todo ainda não se recuperou, segundo o Banco Central.
Entre janeiro e abril deste ano, foram concedidos R$ 25,2 bilhões em
crédito imobiliário, mesmo montante das novas concessões no mesmo período de
2016.
A Pró-Cotista é a linha mais barata depois do Minha Casa, Minha Vida, com
taxas de juros que variam de 7,85% (para clientes que tenham débito em conta ou
conta-salário) a 8,85% ao ano.
A linha só pode ser acessada por trabalhadores com pelo menos três anos de
vínculo com o fundo. Os beneficiados precisam estar trabalhando ou ter saldo na
conta do FGTS equivalente a pelo menos 10% do valor do imóvel. Não há limite de
renda.
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(Folha de São Paulo - Mercado - 07/07/2017)
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Por mim... pode voltar amanhã que já me acostumei a morar de aluguel e guardar dinheiro... comecei a fazer isso em 2012 e em 05 anos juntei um dinheiro que posso pagar a vista, ao passo se eu tivesse comprado na CEF não teria pago nem 10%.
ResponderExcluirMesmo se baixarem os valores dos imóveis, não sei se vou querer me descapitalizar para ficar pra sempre descapitalizado...
E mobilizado.
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