No primeiro semestre, as vendas do setor tiveram recuo de 7,1%. O patamar foi mais acentuado do que o que estava previsto pela entidade, mas a redução de vendas segue em desaceleração desde o segundo semestre do ano passado. O faturamento da comercialização de materiais de base caiu 7,6%, no semestre, e o de acabamento encolheu 6,3%
As vendas da indústria de materiais de construção terão, em 2017, a quarta
queda anual consecutiva, retornando ao nível de 2004, segundo a nova estimativa
da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
Após a retração de 7,1% registrada no primeiro semestre, a entidade - que
estimava estabilidade - revisou a projeção para R$ 160 bilhões, com retração de
5% na comparação com 2016, se considerado o faturamento deflacionado.
"As empresas têm apresentado queda de volumes e margens pressionadas",
afirma o presidente da Abramat, Walter Cover. Há três semanas, o Valor divulgou
que a tendência era que a entidade revisasse a projeção de vendas de 2017 para
baixo após os resultados de junho.
A Abramat espera que as vendas de materiais para o varejo - que tendem a
responder por 55% do total, neste ano, ante a média histórica de 50% - cresçam
de 3% a 4%. Já a expectativa em relação à comercialização para as construtoras
é de queda de 13% a 14%.
Quedas e mais quedas
No primeiro semestre, as vendas do setor tiveram recuo de 7,1%. O patamar
foi mais acentuado do que o que estava previsto pela entidade, mas a redução de
vendas segue em desaceleração desde o segundo semestre do ano passado. O
faturamento da comercialização de materiais de base caiu 7,6%, no semestre, e o
de acabamento encolheu 6,3%.
No período, as vendas de um importante insumo na cadeia produtiva de
materiais - cimento - tiveram recuo de 8,8%, para 26 milhões de toneladas, na
comparação anual, informou ontem o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento
(SNIC). O volume total - incluindo exportações - caiu 9%, para 28,6 milhões de
toneladas. No mês de junho, a redução foi de 8,6%, para 4,5 milhões de
toneladas, segundo o SNIC. A queda acumulada nos 12 meses encerrados em junho é
de 9,8%, para 54,9 milhões de toneladas.
No fim do semestre, o SNIC alargou o intervalo de queda previsto para o
ano para a faixa de 5% a 9%, conforme antecipou o Valor. A projeção anterior
era de queda de 5% a 7% na comercialização de cimento. Em nota divulgada ontem,
o presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna, informou que espera melhora do
desempenho do setor no segundo semestre em relação ao da primeira metade do
ano.
Dados da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção
(Anamaco) apontam que as vendas do varejo do segmento aumentaram 4% no primeiro
semestre na comparação anual. Para o ano, a Anamaco espera expansão de 5% na
comercialização de materiais.
Segundo a Abramat, houve retração de 8,9% nas vendas da indústria no
acumulado de 12 meses. Em junho, o setor vendeu 5,4% a menos do que no mesmo
mês do ano passado e 0,5% abaixo do que comercializou em maio, de acordo com a
entidade.
Para 2018, a expectativa da Abramat é que o desempenho da indústria de
materiais seja parecido com o do Produto Interno Bruto (PIB) do país. "O
desempenho do setor tem uma relação muito próxima com a da política pública.
Neste momento, a infraestrutura está sofrendo mais, seguida pelo segmento
imobiliário e, por último, pelas reformas", ressalta Cover.
A indústria de materiais cresceu no período de 2004 a 2013, com exceção de
2009, de acordo com a Abramat. No ano passado, o encolhimento foi de 11,9%.
(Valor Online - Empresas - 11/07/2017)
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De 2002 a 2017 só aumentou corrupão, o resto foi atraso de vida e ilusionismo através do "Encantador de burros" vulgo Lulla Molusk"....kkkkk
ResponderExcluirEntão minha teoria está certa...
ResponderExcluirSe os preços dos materiais voltaram aos patamares de 2004, eu previa que os preços dos imóveis iriam voltar aos valores de 2003...
Apartamento de 40 metros quadrados que hoje são vendidos por R$750.000, voltarão ao preço de R$24.000,00.
Simples assim, ou não vende.