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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Época Negócios: Nova regra da Caixa pode dificultar venda de imóveis novos

— O maior impacto, de início, será na venda dos imóveis em estoque, hoje o grande problema do mercado. O Rio passou os últimos dois anos vendendo imóveis novos prontos. E tem estoque para mais dois anos

As mudanças anunciadas esta semana pela Caixa Econômica Federal no crédito imobiliário, exigindo uma entrada maior no financiamento, devem ter dois efeitos mais imediatos. O primeiro é dificultar a venda de unidades prontas em estoque pelas construtoras. Em paralelo, pode reduzir a aquisição de imóveis populares, como os do programa Minha Casa Minha Vida, alvo de consumidores com pouca ou nenhuma capacidade de poupança, avaliam especialistas do setor.

O banco reduziu os limites de financiamento de 90% para 80% do valor do imóvel, no caso das unidades novas, e de 70% para 60% nos usados. A medida atinge os empréstimos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) — para o programa Minha Casa Minha Vida e linhas Pró-Costista e CCFGTS — e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos. Nos financiamentos regulados pela tabela Price, o limite para imóvel usado baixou de 70% para 60% na linha Pró-Cotista e de 80% para 70% no CCFGTS.

— O maior impacto, de início, será na venda dos imóveis em estoque, hoje o grande problema do mercado. O Rio passou os últimos dois anos vendendo imóveis novos prontos. E tem estoque para mais dois anos — diz Claudio Hermolin, presidente da Ademi-Rio, que reúne as construtoras que atuam no mercado carioca, e da Brasil Brokers.

A decisão da Caixa, continua ele, gera incerteza no mercado, para consumidores e construtoras. A Caixa detém quase 70% de todo o financiamento imobiliário do país, com R$ 413 bilhões emprestados.

Impacto para a baixa renda
Leonardo Schneider, presidente do Secovi-Rio (o Sindicato da Habitação do Rio), concorda em parte com Hermolin:

— Vejo como um ajuste feito pela Caixa para evitar problemas de falta de liquidez. Foi suave, já que o limite continua a representar uma grande fatia do preço do imóvel. Mas há o impacto subjetivo. No momento de retomada, com a queda da taxa de juros, vem a redução do teto para financiamento — pondera ele.

No caso dos imóveis do segmento popular, contudo, a redução do limite para financiamento pode excluir consumidores do mercado, alerta João da Rocha Lima Jr., coordenador do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP.

— Nas rendas mais altas, a capacidade de poupança das famílias é mais maleável. Na baixa renda, é extremamente reduzida ou nula. Se diminui o limite de financiamento, terá efeito expressivo.

Para Hermolin, ainda é cedo para saber se os bancos privados vão acompanhar o movimento da Caixa, que detinha o maior limite de crédito.

— Pode puxar maior concorrência entre os bancos privados para oferecer as melhores condições de financiamento, as melhores taxas, e isso é um ponto positivo para o cliente e para o mercado — afirma Edson Pires, diretor da Sawala Imobiliária.

Os clientes com avaliação de crédito para obtenção de financiamento imobiliário junto à Caixa aprovada até a última terça-feira poderão tomar empréstimo pela regra antiga praticada pelo banco.

(Época Negócios - Brasil - Notícia - 19/08/2017)

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10 comentários:

  1. Outro passo dado para a queda nos preços. Excelente medida!

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  2. Se os preços não caírem a inflação corroe.

    Nosso país não comporta a venda de apartamentos de 80m2 por R$1.100.000,00.

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  3. Por mim... moro de aluguel, portanto não corro esse risco de comprar 40 metros mesmo...

    Moro onde eu quero, pago barato e se eu não conseguir pagar, vou ser despejado e não perco nada.

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  4. O Governo Federal ao pagar R$160.000,00 em apartamentos de péssima qualidade às construtoras, chancelado pela CEF, sem nenhum critério de qualidade e de planilha de preços ao programa Minha Casa Minha Vida, contribuíram para a crise imobiliária.
    Casas que eram vendidas por R$80.000,00 ao competir com pombais nos valores de R$160.000,00, deu um salto para R$400.000,00 e o apartamento de 70 metros de R$60.000,00 pulou para R$500.000,00 e assim foi, foi até formar a bolha.
    Culpa dos Governos Populistas e seus programas sociais que sobrevivem enquanto tem dinheiro dos outros, quando acaba o dinheiro, acaba o socialismo e todas as instituições.

    Não é o metro quadrado que voltará ao valor de R$1.000,00 mas os apartamentos de 40 M² que voltarão a ter os valores dentro da realidade que valham.

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  5. Enquanto tiver "bolha" teremos oxigenio $$$$$$....agora quem tem O BOLHUDO pra vender, ficará "SUFORCADO" sem oxigenio...

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  6. 1- Imóveis sendo devolvidos aos montes.
    2- Caixa mudando as regras para minimizar as perdas.

    Mercado imobiliário de fato saí da especulação.

    No passado telefones e veículos eram considerados investimentos, mera especulação.
    E pensar que tinha pessoas que tiravam seu sustento da compra e veda desses produtos.

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    1. Lembram-se do tempo das primeiras linhas celulares? Ganhei uma boa grana revendendo as assinaturas que fiz. Só mesmo numa economia socialista agora é possível.

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  7. A medida é ajustar os valores o qto antes, considerando o valor do salário mínimo brasileiro. O valor do metro quadrado da construção pronta (material, mão de obra) está 1600 reais. Chega da prática desses valores atuais. Realidade de imediato!

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  8. Com tudo isso os preços dos imóveis continuam os mesmo altos ..

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