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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

O Globo: Setor de construção terá terceiro ano seguido de queda em 2017

Diversos fatores contribuíram para o desempenho ruim deste ano. Entre eles, o excesso de oferta no mercado imobiliário, tanto residenciais quanto comerciais, as contratações do programa Minha Casa Minha Vida aquém do esperado, e o número de distratos ainda elevado

Mesmo com a economia apresentando sinais de recuperação no segundo semestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção deverá encerrar 2017 com queda de 6,4%, segundo estimativa divulgada pelo Sindicato da Construção Civil dos Estado de São Paulo (SindusCon-SP) nesta quinta-feira. No início do ano, a entidade projetava um crescimento de 0,5% para o setor este ano. Este é o terceiro ano consecutivo de queda do PIB da construção e a queda acumulada neste período chega quase a 20%.

- O investimento não reagiu da maneira esperada e a construção representa 50% do investimento do país - afirmou Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da FGV/IBRE, que explicou os números do setor.

Segundo ela, diversos fatores contribuíram para o desempenho ruim deste ano. Entre eles, o excesso de oferta no mercado imobiliário, tanto residenciais quanto comerciais, as contratações do programa Minha Casa Minha Vida aquém do esperado, e o número de distratos ainda elevado.

- Além disso, os efeitos da operação Lava Jato continuam afetando o investimento em infraestrutura. A crise fiscal provocou corte nos investimentos do governo e o desemprego elevado e as restrições do crédito também contribuíram para este quadro - afirmou.

Com obras paralisadas ou em ritmo lento, os investimentos do governo federal no setor caíram 37% em relação ao ano anterior, passando de R$ 40,3 bilhões em 2016 para R$ 25,5 bilhões este ano. Este ano, o investimento em infraestrutura representará 1,40% do PIB, enquanto no ano passado representou 1,97%.

- Atualmente estamos abaixo da metade do investimento necessário para manter o estoque de infraestrutura, que é de 5% do PIB - disse o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.

Emprego segue o mesmo caminho
No capítulo do emprego, o setor também deverá cravar o terceiro ano consecutivo de fechamento de vagas com carteira assinada. A queda estimada pela entidade é de 11% para este ano. Em 12 meses, foram fechados 192 mil postos de trabalho do setor no país. Nos últimos três anos, 1,1 milhão de vagas formais foram perdidas, com o total de empregados caindo de 3,6 milhões em outubro de 2014 para 2,3 milhões em outubro passado, mesmo nível de 2009.

Para 2018, o SindusCon vê uma melhora no setor, com projeção de crescimento de 2% para o PIB da construção, enquanto a economia deve crescer 2,5% na avaliação da entidade. A expectativa é de melhora da oferta de crédito, com cenário de juro e inflação baixa, e mais contratações de unidades Minha Casa Minha Vida. As obras de infraestrutura, segundo a entidade, terão um ritmo maior somente se houver concessões e privatizações, uma vez que os governos deverão voltar a cortar recursos para investimentos

- Mas há riscos como incerteza política, quadro fiscal preocupante e dificuldades de promover reformas em ano eleitoral - afirmou.

(O Globo - Economia - 30/11/2017)

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2 comentários:

  1. Serão décadas de queda,tudo saturado,,e se esqueceram que as pessoas morrem e passam para os filhos,netos,etc....ou seja "bolhudaço" esse nicho de estoque de pombais.

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  2. Amigo meu, trabalhava no ramo de construção civil... dinheiro da era PTralha estava jorrando, segundo ele.

    Ganhava bem, engenheiros, estagiários até a faxineira ganhando salários altos.

    O amigo, pensou que a era de ouro iria durar a vida toda...

    Eis que de repente... a conta chegou pra pagar e chegou cara...

    Quando chegou para trabalhar, a empresa havia fechado...

    Agora? Onde vai conseguir trabalho que pague R$5.000,00? Nível médio?

    Prestação da "casa própria" atrasando... vendeu o carro... mandou a mulher embora pra casa dela...

    Desespero batendo...

    O cara vendera o apartamento dele na época por R$200.000,00 e comprou um 03 quartos por R$500.000,00...

    Total da dívida? R$300.000

    Falei pra ele o seguinte: quanto estão vendendo apartamentos no seu prédio... respondeu que das 08 Unidades, apenas 05 foram vendidas e o proprietário não consegue vender há 02 anos, baixou para R$380.000 e não vende...

    Disse pra ele que não há saída... prestação de R$2.800...

    Meu Deus... ajude nossos irmãos brasileiros porque a fase do desespero começou, vamos iniciar a fase do estouro da boiada...

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