Diversos fatores contribuíram para o desempenho ruim deste ano. Entre eles, o excesso de oferta no mercado imobiliário, tanto residenciais quanto comerciais, as contratações do programa Minha Casa Minha Vida aquém do esperado, e o número de distratos ainda elevado
Mesmo com a economia apresentando sinais de recuperação no segundo
semestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção deverá encerrar
2017 com queda de 6,4%, segundo estimativa divulgada pelo Sindicato da
Construção Civil dos Estado de São Paulo (SindusCon-SP) nesta quinta-feira. No
início do ano, a entidade projetava um crescimento de 0,5% para o setor este
ano. Este é o terceiro ano consecutivo de queda do PIB da construção e a queda
acumulada neste período chega quase a 20%.
- O investimento não reagiu da maneira esperada e a construção representa
50% do investimento do país - afirmou Ana Maria Castelo, coordenadora de
projetos da FGV/IBRE, que explicou os números do setor.
Segundo ela, diversos fatores contribuíram para o desempenho ruim deste
ano. Entre eles, o excesso de oferta no mercado imobiliário, tanto residenciais
quanto comerciais, as contratações do programa Minha Casa Minha Vida aquém do
esperado, e o número de distratos ainda elevado.
- Além disso, os efeitos da operação Lava Jato continuam afetando o
investimento em infraestrutura. A crise fiscal provocou corte nos investimentos
do governo e o desemprego elevado e as restrições do crédito também
contribuíram para este quadro - afirmou.
Com obras paralisadas ou em ritmo lento, os investimentos do governo
federal no setor caíram 37% em relação ao ano anterior, passando de R$ 40,3
bilhões em 2016 para R$ 25,5 bilhões este ano. Este ano, o investimento em
infraestrutura representará 1,40% do PIB, enquanto no ano passado representou
1,97%.
- Atualmente estamos abaixo da metade do investimento necessário para
manter o estoque de infraestrutura, que é de 5% do PIB - disse o presidente do
SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.
Emprego segue o mesmo caminho
No capítulo do emprego, o setor também deverá cravar o terceiro ano
consecutivo de fechamento de vagas com carteira assinada. A queda estimada pela
entidade é de 11% para este ano. Em 12 meses, foram fechados 192 mil postos de
trabalho do setor no país. Nos últimos três anos, 1,1 milhão de vagas formais
foram perdidas, com o total de empregados caindo de 3,6 milhões em outubro de
2014 para 2,3 milhões em outubro passado, mesmo nível de 2009.
Para 2018, o SindusCon vê uma melhora no setor, com projeção de
crescimento de 2% para o PIB da construção, enquanto a economia deve crescer
2,5% na avaliação da entidade. A expectativa é de melhora da oferta de crédito,
com cenário de juro e inflação baixa, e mais contratações de unidades Minha
Casa Minha Vida. As obras de infraestrutura, segundo a entidade, terão um ritmo
maior somente se houver concessões e privatizações, uma vez que os governos
deverão voltar a cortar recursos para investimentos
- Mas há riscos como incerteza política, quadro fiscal preocupante e
dificuldades de promover reformas em ano eleitoral - afirmou.
(O Globo - Economia - 30/11/2017)
VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK
Serão décadas de queda,tudo saturado,,e se esqueceram que as pessoas morrem e passam para os filhos,netos,etc....ou seja "bolhudaço" esse nicho de estoque de pombais.
ResponderExcluirAmigo meu, trabalhava no ramo de construção civil... dinheiro da era PTralha estava jorrando, segundo ele.
ResponderExcluirGanhava bem, engenheiros, estagiários até a faxineira ganhando salários altos.
O amigo, pensou que a era de ouro iria durar a vida toda...
Eis que de repente... a conta chegou pra pagar e chegou cara...
Quando chegou para trabalhar, a empresa havia fechado...
Agora? Onde vai conseguir trabalho que pague R$5.000,00? Nível médio?
Prestação da "casa própria" atrasando... vendeu o carro... mandou a mulher embora pra casa dela...
Desespero batendo...
O cara vendera o apartamento dele na época por R$200.000,00 e comprou um 03 quartos por R$500.000,00...
Total da dívida? R$300.000
Falei pra ele o seguinte: quanto estão vendendo apartamentos no seu prédio... respondeu que das 08 Unidades, apenas 05 foram vendidas e o proprietário não consegue vender há 02 anos, baixou para R$380.000 e não vende...
Disse pra ele que não há saída... prestação de R$2.800...
Meu Deus... ajude nossos irmãos brasileiros porque a fase do desespero começou, vamos iniciar a fase do estouro da boiada...