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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Jornal Extra: Para sair do prejuízo, construtoras dão descontos, brindes, e aceitam carro


Os apartamentos, que antes tinham valor inicial de R$ 487 mil, hoje custam a partir de R$ 369 mil. Entre as ações para movimentar as vendas na região, a empresa montou uma filial no local, aceita carro como parte de pagamento e o FGTS na entrada

Para sair do prejuízo, zerar o estoque e partir para novos empreendimentos, construtoras e imobiliárias começaram o ano com promoções para realavancar a venda de seus imóveis, após o período de vacas magras. Algumas baixaram os preços das unidades e outras estão recorrendo a brindes e facilidades, sendo que a mais corriqueira é aceitar um carro como parte do pagamento.

Na Zona Sul, há poucas ofertas. Historicamente, é uma região com maior liquidez, pois dada a escassez territorial, a procura ainda é maior do que a oferta. Ainda assim, para se ter uma ideia, o número de unidades residenciais, lançadas em 2017 — que já não foram lá muita coisa, total de 247 — foi um quarto do ano anterior (62). Os dados são do Sindicato da Habitação (Secovi Rio).

As zonas Norte e Oeste, entretanto, são o calcanhar de Aquiles do Rio. Com mais espaço, a região teve mais lançamentos nos últimos anos e, com a crise, maior encalhe. Ainda assim, o número de lançamentos também caiu consideravelmente, passando de 3.199 unidades em 2016 para 1.921 unidades no ano passado. Barra e adjacências e Zona Oeste também tiveram menos unidades lançadas, na comparação.

Zona Oeste com mais imóveis
— O mercado no Rio tem uma particularidade e se divide. A zona Sul é uma ilha cercada por barreiras geográficas. Não tem para onde crescer. Não dá para expandir, por isso tem mais procura que oferta. E é uma demanda eterna, tem status e as belezas naturais — diz o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Claudio Hermolin. Já em relação às zonas Oeste e Norte, ele afirma que foi o maior mercado.

— Foi o que teve mais lançamentos e acumulou maior estoque. Não teve novos lançamentos e o que está se vendendo é estoque.

— Na zona Oeste há uma concorrência maior, pois há mais lançamentos. Por enquanto, esperamos vender o estoque, mas os indicadores econômicos vêm animando. Acho que vai melhorar — afirma Thiago Hernandez, gerente comercial da construtora Calçada, destacando que, mesmo com a crise, a Zona Norte representou 50% das vendas da construtora em 2017.

Segundo ele, a devolução de imóveis foi um atenuante que prejudicou ainda mais o cenário imobiliário no Rio. Em contrapartida, afirma, a situação deve mudar até o próximo ano.

— O judiciário é ruim neste sentido, pois exige que a empresa retorne até 80% do valor do imóvel em caso de desistência, seja qual for o motivo. Isso acaba com o negócio. Imagina se todos quisessem devolver, como ficariam as construtoras? — questiona, referindo-se à grande taxa de devolução registrada em 2016 e 2017.

Preços mais baratos
Um dos locais onde há muitas unidades disponíveis é o Pontal Oceânico — chamado de “novo bairro” da região do Recreio, por sua área de 550 mil metros quadrado. Só a Sawala Imobiliária está comercializando quatro empreendimentos, que somam 350 unidades com dois a quatro quartos e cobertura.

Os apartamentos, que antes tinham valor inicial de R$ 487 mil, hoje custam a partir de R$ 369 mil. Entre as ações para movimentar as vendas na região, a empresa montou uma filial no local, aceita carro como parte de pagamento e o FGTS na entrada. Para o presidente da Sawala, Márcio Cardoso, o cenário já foi pior.

— Os valores foram se ajustando, acompanhado o mercado. Hoje, estas unidades estão com altíssima liquidez — afirma ele.

Hernandez, da Calçada, acrescenta que ainda que os imóveis no Recreio tenham sofrido uma depreciação no ano passado, o Maui, também no Pontal, por exemplo, foi o carro-chefe da empresa e vendeu muito bem.

Já a Mais Consultoria Imobiliária baixou os preços para atrair clientes. Das 86 unidades do residencial Victoria Reserva, 34 estão disponíveis. Os imóveis de dois quartos com duas suítes, que ficam em Campo Grande e estão prontos para morar, passaram de R$ 289 mil para R$ 239 mil, sendo que a entrada pode ser parcelada e o futuro morador ainda pode usar o FGTS e carro na entrada. Além disso, segundo André Barros, diretor da Imobiliária, um evento especial de negociação para liquidar os imóveis está sendo preparado para março.

Outra com ação promocional é a Avanço Realizações Imobiliárias, que está com 11 apartamentos de dois quartos prontos para morar, na Freguesia. Os imóveis do Araguaia Conception Residences passaram de R$ 439 mil para R$ 399 mil.

— Outras vantagens são a varanda gourmet e o sistema de automação residencial com capacidade para controlar até 12 eletrônicos através de controle remoto único ou do uso do software, e a preparação para ar split nos quartos e na sala — explica Sanderson Fernandes, diretor da Avanço.

(Jornal Extra - Notícias - Economia - 25/02/2018)

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8 comentários:

  1. Já já o brinde vai ser o próprio "apertamento".

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  2. Esse setor está travado a 3 anos e vai continuar por muito tempo.

    A renda per capita mergulhou, os empregos desapareceram e os jovens ao casar tem alugado apartamento nas proximidades de onde trabalham.

    Enfim é um setor fadado a uma drástica revisão de preços.

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  3. Mais não é mané,eles não falam que imóvel nunca cai o preço.

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  4. O que ?? Li direito?? De 487 mil por 369 mil.....??? Meu Pai do ceu....
    Vou correndo comprar!!! Ainda tem brinde??? Putsssss
    Nesse preço até os venezuelanos compram!!!
    Vou ver se pego logo 2 desse.... vai q valoriza 40% após a eleição !!
    Palmas pra mim.... nao sou carioca, mas sou exxxxxppeerrrttuuu
    Se tiver algum corretor aqui no blog q esta trabalhando nesse empreendimento fantástico, guarda 2 unidades pra mim, 2 pra minha mãe e 1 pro meu pai(ele ta desempregado)...kkkkkk

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  5. Se quem compra na planta é anta imagine quem compra no Rio de Janeiro......

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  6. CAIXA sem recursos, com possível necessidade de utilizar ainda mais os recursos do FGTS, quero ver quando os alienados compradores na planta precisarem do financiamento. Que venham os distratos

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  7. Não ha sentido logico comprar neste cenário de insegurança politica e econômica, temos eleição a 8 meses e nem os candidatos conhecemos e seus programas de governo, além disto o preço de locação esta totalmente desalinhado com preço de venda.
    Temos de amadurecer muito em educação financeira e nos libertamos dos paradigmas criados pelo setor imobiliário e geração dos nossos avos, que imóvel é investimento, da estabilidade, da status, e outras baboseiras.
    Investimento e Status é ter dinheiro vivo, na conta, qualidade de vida, viajar quando e para onde quiser, ter garantias de saúde e educação. Morar bem, mas pouco importa se é alugado ou lhe pertence.
    Lógico que se o valor de venda estiver dentro do patamar lógico, dentro do valor de construção, do fator X 150 do aluguel, e você realmente queira ter um imóvel e FICAR IMOBILIZADO, a compra seria uma opção. Mas hoje, com os valores e cenário que temos , SÓ LOUCO COMPRA.
    Tesouro Direto, que uma das aplicações mais conservadoras esta pagamento 11% ao ano, que pais do mundo você é remunerado em 11% sem fazer nada. para calar os corretores de plantão, imóvel não valoriza a mais de 2 anos, tenho acompanhado preços de casas a venda em condomínios, que não vendem e continuam com os mesmos preços fantasiosos.

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  8. Imóvel no Rio ainda está muito caro.

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